Dados da Secretaria do Meio Ambiente (SMA) apontam que o Brasil utiliza 1,2 bilhão de unidades de pilha anualmente, sendo 40% deste número vinda da produção falsificada, ou seja, fora do controle da legislação e contendo nível maiores de metais em composição. Embora as pilhas tenham um tamanho pequeno e aparentemente não serem capazes de causar grandes problemas, é justamente em sua composição e o descarte incorreto que são responsáveis por prejudicar (e muito) a nossa saúde e o meio ambiente.
Composição perigosa
O perigo está no interior das pilhas, em sua composição. Estes dispositivos contêm diversos tipos de materiais, sendo os mais perigosos o chumbo, mercúrio e cádmio, que são chamados de metais pesados. Estes ingredientes têm forte potencial de contaminação, e, quando descartados de forma incorreta, podem ocasionar sérias consequências para a saúde humana e a natureza.
Consequências irreversíveis
O descarte inapropriado faz com que as pilhas fiquem expostas para sofrer deformações em suas cápsulas, acarretando no vazamento do lixo tóxico composto em seu interior. O líquido presente no interior dos dispositivos se trata de um produto não biodegradável e sem decomposição, que ocasiona a contaminação quando é despejado sob o solo, lençol freático, rios e o percurso d’água. Sendo prejudicial a hidrografia e a agricultura, o que causa danos irreparáveis no meio ambiente e plantações.
Na saúde humana, a contaminação que o contato com esses metais gera, são no desenvolvimento de graves e sérias doenças. Dentre elas, estão diversas mutações genéticas, problemas em todo o sistema nervoso central e, se não for detectado rapidamente, a contaminação pode levar até o câncer.
Em vista disso, é altamente importante que o descarte de pilhas seja feito de forma adequada. Os próprios fabricantes têm por lei, a responsabilidade de recolher e realizar a descontaminação de seus produtos.
Repartições públicas, estabelecimentos que comercializam pilhas, assistências técnicas autorizadas, faculdades, supermercados e até mesmo farmácias, oferecem pontos de coleta. Portanto, é indescritível a conscientização e mudança de hábitos ao realizar a separação das pilhas (assim como outros dispositivos eletrônicos) dos demais lixos domésticos.
FONTE: DINÂMICA AMBIENTAL